Gang dos Automóveis...mais pormenores

. segunda-feira, 20 de agosto de 2007
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O grupo de 24 jovens que em menos de um ano furtou 80 carros entre Caldas da Rainha e Ovar começa a ser julgado no próximo mês no Tribunal da Marinha Grande.

O gang, cujos elementos à data dos crimes tinham entre 16 e 29 anos, responde ainda por mais 45 furtos, em interior de veículos, escolas, colectividades, cafés e outros estabelecimentos comerciais, num armazém e até num hospital. Furtos de uma retroescavadora e num pavilhão gimnodesportivo constam também do despacho de acusação.

O grupo, que actuou entre Março de 2004 e Fevereiro de 2005, não se limitou a furtar viaturas. Tiravam-lhes peças e provocavam-lhes danos. Chegaram a atirar um carro ao rio, a fazer deslizar outro por uma rua e a usarem os veículos para conduções tipo rali. Três viaturas que “caíram” nas mãos deste gang acabaram mesmo por ser incendiadas.

Além disso, com as viaturas furtadas os arguidos envolveram-se em 13 acidentes de viação. O facto de a esmagadora maioria dos seus elementos não terem carta de condução pode explicar os sinistros.



O líder

De acordo com o Ministério Público (MP), o grupo era liderado por José S., actualmente com 24 anos.

Este arguido constituiu um grupo “destinado a fazer seus objectos de terceiros” e depois a vendê-los.
Como chefe, cabia ao jovem, natural de Leiria, “determinar a espécie de bens a serem objecto de apropriação”, “indicar os locais donde eles deveriam ser removidos” e “traçar os planos” dos furtos. José S. tinha ainda como missão “escolher os membros do grupo” que executariam os crimes, bem como a venda do produto e a divisão do dinheiro que realizassem.

O MP diz que a entrada no grupo dependia do consentimento deste, que dava igualmente as instruções: “fazer-se transportar em veículos de terceiros”, “circular neles a grande velocidade” para evitarem ser seguidos e “contornar, em regra, as rotundas duas vezes”.
Actuar à noite, em locais com pouca iluminação e com muitos veículos estacionados, sobretudo em zonas residenciais ou em espaços junto a bares e discotecas, eram outras das indicações que o grupo deveria seguir. A isto acresce o recurso a caixas ATM (Multibanco) sem sistema de gravação de imagens, e a utilização de luvas e gorros.Noites alucinantes.

O grupo “estreou-se” com um furto de carro em Alcobaça em Março de 2004 e só parou em Fevereiro do ano seguinte, depois de ter “varrido” a região com 125 assaltos nos concelhos de Leiria, Batalha, Porto de Mós, Marinha Grande, Pombal, Ourém, Alcobaça, Nazaré, Caldas da Rainha, Óbidos e Ansião. Há ainda registo de furtos cometidos pelo gang na zona da Figueira da Foz, Coimbra, Aveiro, Azambuja e Tomar.

Numa noite, por exemplo, em escassas horas, o grupo chegou a fazer cinco furtos. Entre os vários crimes de que os elementos do gang estão acusados, em co-autoria, consta o furto simples, furto qualificado, introdução em lugar vedado ao público, dano, receptação, burla informática (uso de cartões Multibanco furtados do interior de viaturas), auxílio material e condução perigosa. Alguns deles estão ainda acusados de tráfico ilícito de estupefacientes de menor gravidade e falta de habilitação legal para a condução de veículos automóveis.

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