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. terça-feira, 28 de agosto de 2007
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ENTREVISTA À SRA DRA MANUELA SANTOS


Notícias do Centro (NC) - Tendo em conta que assumiu funções a tempo inteiro na Câmara Municipal, há quem diga que Soure perdeu uma boa autarca da oposição. É assim?
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Manuela Santos (MS) - Não concordo com essa opinião. Continuo a ser uma autarca da oposição, mas agora com responsabilidades no executivo camarário, onde continuarei a manter a minha autonomia e identidade política e onde farei uma oposição como sempre fiz: responsável e construtiva. Estou agora em melhores condições para propor e ao mesmo tempo participar na concretização de medidas que melhorem a qualidade de vida das populações.
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NC - Que contrapartidas exigiu ao senhor presidente da Câmara para aceitar o convite que ele lhe fez?
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MS - Não se pode propriamente falar em contrapartidas. Existe uma vasta área de consenso quando se analisam as questões autárquicas. O que está em jogo é encontrar formas de resolver um conjunto de problemas que afectam o nosso concelho e condicionam o seu desenvolvimento. Limitámo-nos a acertar com o senhor Presidente da Câmara algumas áreas que ficam sobre a minha responsabilidade, que consideramos de grande importância e para as quais sinto maior apetência. Estou a referir-me concretamente, as áreas da habitação social, higiene e segurança do trabalho, a certificação da qualidade dos serviços camarários entre outras. É importante referir também que não me foi colocada qualquer restrição para o desempenho da minha actividade.
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NC - Considera que traiu – ou está a trair – o eleitorado que votou CDU?
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MS - A CDU apresentou-se a estas eleições autárquicas, com um programa eleitoral, que divulgou junto da população, solicitando o seu voto e afirmando que a nossa participação nos órgãos autárquicos seria útil para o concelho. A votação deu-nos a possibilidade de exercermos um cargo na vereação e podermos assim implementar algumas das nossas propostas eleitorais. Traição seria, no meu entendimento, recusar o convite que nos foi feito e assim a possibilidade de poder trabalhar e dar a nossa contribuição no executivo camarário. Isso sim, é que seria uma traição às nossas promessas eleitorais. Gostava também de acrescentar que esta decisão para além de ser em primeiro lugar uma decisão pessoal, foi também apoiada por todo o colectivo de activistas da CDU.
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NC – O PSD diz que há “amnésia política” da sua parte. Que comentário faz?
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MS - As alterações políticas ocorridas em Soure, deixaram o PSD, num estado de completo desnorte, que aliás, se manifesta por uma actuação errática dos seus eleitos e acima de tudo pela produção de comunicados oficiais, ofensivos para a minha dignidade, utilizando uma linguagem provocatória, pouco própria de um partido que se afirma responsável e capaz de exercer o poder. Não posso, por isso mesmo, ter em qualquer consideração as apreciações que fazem da minha actividade política. Perdem o tempo, tentando condicionar – me, porque das minhas opções, apenas terei que prestar contas aos que me elegeram e em mim confiam.
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NC- Considera-se como uma vice-presidente da Câmara Municipal de Soure?
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MS - O lugar de vice-presidente da câmara municipal de Soure é desempenhado pelo senhor Santos Mota, o segundo nome da lista da Câmara Municipal do Partido Socialista que obteve mais votos nas eleições de Outubro.
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NC - Do curto espaço de tempo que tem como vereadora a tempo inteiro, como caracteriza o Dr. João Gouveia como líder do executivo?
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MS - Mais importante do que a minha opinião sobre o senhor Presidente da Câmara é certamente a opinião da população deste concelho, que pela quarta vez consecutiva lhe deu a vitória em eleições autárquicas. Não posso deixar de adiantar-lhe que enquanto vereadora tenho encontrado da parte do senhor Presidente da Câmara, até ao momento, sempre a melhor disponibilidade para reunir comigo sobre assuntos das áreas que me estão atribuídas, criando condições para o desempenho das minha funções e manifestado abertura às propostas que lhe tenho feito, sobre diversos temas.
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NC - Durante a campanha eleitoral a CDU manifestou a sua preocupação face à situação financeira do Município. Mantém essa mesma preocupação?
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MS - Na última reunião de câmara foram analisados todos os documentos de prestação de contas referentes a 2005. Destes realce-se o grau de execução orçamental que apresentou um grau de execução superior a 95 por cento e um grau de execução das grandes opções do plano de 76 por cento. São valores que considero bons. É de realçar também uma positiva recuperação na dívida à banca. No entanto se fiz uma apreciação positiva deste resultado, mostrei por outro lado apreensão, pelo agravamento da dívida a fornecedores que terá necessariamente que ser reduzida. Paralelamente defendo que deverá haver contenção de despesa que não pondo em causa o funcionamento da autarquia, irá libertar meios financeiros necessários à sua gestão.
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NC - Partilha da ideia de que deveria ser feita uma auditoria externa às contas do Município?
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MS - A ideia que partilho é aquela que foi proposta pelo senhor Presidente da Câmara e votada por unanimidade numa reunião do executivo de Novembro passado e que foi solicitar uma auditoria ao IGAT.

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