Escola Secundária Martinho Àrias assaltada

. terça-feira, 22 de abril de 2008
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Destruição obrigou a encerrar escola e as aulas são hoje retomadas

Vândalos assaltaram Secundária de Soure

«Um enorme prejuízo e uma raiva muito grande». O desabado é de Natália Costa, vice-presidente do Conselho Executivo da Secundária de Soure, depois do assalto à escola, praticado durante o fim-de-semana. Para além dos artigos furtados, «vandalizaram e destruíram tudo». Ontem a escola esteve fechada
O assalto terá ocorrido na noite de sábado para domingo e os assaltantes deixaram atrás de si um rasto de destruição nos três pavilhões da escola, que ontem esteve encerrada, de forma a permitir que os peritos da polícia procedessem à recolha dos vestígios possíveis. Hoje, terminadas as perícias e “arrumada” a casa, as aulas recomeçam, às 7h30.
Os assaltantes terão «provavelmente saltado o gradeamento que circunda a escola, pois não há sinais que tenham forçado qualquer porta», disse ontem ao Diário de Coimbra Natália Costa, vice-presidente do Conselho Executivo da Secundária de Soure. «Dentro dos pavilhões entraram sempre pela zona Norte», continua aquela responsável, sublinhando que «as portas dos pavilhões ou foram abertas com pontapés fortes ou com um pé-de-cabra», reconhecendo que, pelo facto da escola ser toda vedada, as portas dos pavilhões «terão alguma fragilidade».
O alerta foi dado pela chefe dos serviços de pessoal que passou, domingo, por volta das 16h00, junto à escola e viu uma janela do Centro de Formação aberta. «Achou estranho, pois aquela janela nunca está aberta e entrou, deparando-se com a situação», conta Natália Costa.
Mal refeita da situação e com os responsáveis do estabelecimento de ensino ainda a fazerem o inventário dos artigos furtados, Natália Costa avança com os primeiros números, que apontam para o furto de 20 computadores portáveis, quatro videoprojectores, várias máquinas fotográficas e de filmar, cujo número, ontem à tarde ainda não conseguia quantificar. Todos estes equipamentos se encontravam no interior das salas de aula, cujas portas foram destruídas pelos assaltantes.
Do bar, os meliantes levaram cinco queijos grandes e cinco peças de fiambre completas, bem como uma fiambreira, máquina que suscita interrogações à vice-presidente do executivo. «Para que querem eles a fiambreira?», questiona-se, da mesma forma que questiona o facto de apenas terem levado os computadores portáteis, deixando todos os outros. Estranho é, também, no entender da vice-presidente, «não terem levado os ecrãs plasmas». «Não entendo!», afirma, desalentada perante a destruição que a passagem dos assaltantes deixou em praticamente todas as salas da escola.
A onda de vandalismo e destruição propagou-se por todo o estabelecimento, não escapando o cofre, cuja porta também arrombaram. «Não tínhamos dinheiro, apenas documentação», afirma a docente, que ainda não tinha conseguido averiguar se alguns destes documentos terão eventualmente desaparecido. Desarrumados ficaram, da mesma forma como a desordem ficou instalada no Arquivo.

“Intenção de destruir”

Sem que o diagnóstico do equipamento furtado esteja concluído, Natália Costa faz uma estimativa dos prejuízos elevada, a que junta «muita raiva» pela destruição provocada.
A escola, que tem 910 alunos repartidos por 37 turmas, funciona diariamente entre as 7h30 e a meia-noite. Para além do terceiro ciclo, até ao secundário, tem também a funcionar um Centro Novas Oportunidades e um curso especializado de tecnologia (com aulas à noite) e, para além do gradeamento que assegura a segurança, tem ao seu serviço dois guardas-nocturnos que, de acordo com a vice-presidente do Conselho Executivo, trabalham entre a meia-noite as 7h00 da manhã. Todavia, não deram por nada durante o fim-de-semana, assim como não se aperceberam de qualquer anomalia quando a escola foi vítima de um primeiro assalto, já este ano, em Janeiro.
«Ainda não tínhamos reposto o que nos tinham levado em Janeiro», sublinha Natália Costa. Na altura os assaltantes levaram um videoprojector, mas deixaram outro, recorda, mais uma vez sem entender o “critério” dos assaltantes. «Na primeira vez os estragos não foram assim tão grandes, agora sim, tiveram intenção de destruir», afirma a docente.
Ontem a Secundária de Soure esteve fechada, não havendo aulas para ninguém, uma vez que os peritos da polícia de investigação passaram praticamente todo o dia nas várias salas, a recolher os necessários indícios, facto que se tornaria inviável com a movimentação normal da escola. «Assim que os peritos acabavam uma sala, os funcionários começavam a limpar e a arrumar», adianta Natália Costa. Hoje, garante, as aulas retomam o seu ciclo normal, até porque «há testes intermédios», remata a vice-presidente do Conselho Executivo, agastada com a situação.

In Diário de Coimbra

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