Soure: Tradição (ainda) é o que mais atrai no S. Mateus

. quinta-feira, 18 de setembro de 2008
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Mais do que os nomes sonantes dos espectáculos nocturnos, ainda são as tradições que levam as pessoas às festas do S. Mateus, em Soure, assim pensa, e quer, o presidente da Câmara Municipal.

As festas do S. Mateus e da Fatacis (a feira de actividades económicas), que amanhã começam na vila de Soure, foram apresentadas por João Gouveia, presidente da autarquia e José Mota, vice-presidente, e pelos principais dirigentes da Associação Empresarial de Soure (AES); a entidade que, por vontade camarária, passou a ser responsável pela organização do certame e respectivo programa.

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Rigor e equilíbrio financeiro foram as ordens de partida para esta edição dos festejos.
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Falando em nome da AES, o empresário Manuel José Lopes acrescentou a estas preocupações a necessidade de um programa que conciliasse os gostos dos mais novos com os dos mais velhos e também com o interesse dos empresários presentes na Fatacis.
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A feira conta com a participação de 90 empresas, um número que o presidente da autarquia, João Gouveia, considera uma “mostra expressiva”.
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Na opinião do autarca, o número crescente de empresas presentes na Fatacis, revela que os empresários têm tirado bons proveitos da participação no certame.
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Mais do que os nomes sonantes que possam subir ao palco principal da festa, o autarca pensa que as tradições associadas ao S. Mateus continuam a ser o principal chamariz de público.
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João Gouveia pensa que não são os espectáculos da meia-noite que fazem a diferença na afluência de pessoas ao recinto da festa.
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No ano passado, foram contabilizadas cerca de 50 mil entradas, sendo esta a fasquia que os organizadores pretendem aumentar ou, no mínimo, manter.
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A este propósito, o vice-presidente, que acompanha todos os preparativos de perto, em representação do executivo camarário, evocou a capela de S.Mateus e a excentricidade de algumas promessas que por lá são feitas, assim como o piquenique anual que assinala o encerramento das festas, na próxima terça-feira, uma das tradições que os autarcas fazem questão em manter e acarinhar. .
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Melhores alunos premiados .
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O Dia do Município é no domingo, 21, mas a sessão solene de abertura das festas acontece amanhã. Conforme explicou João Gouveia, Soure nunca deu grande ênfase ao feriado municipal, porquanto este coincide com as festas do S. Mateus e, como tal, todas as atenções estão centradas nesta tradição.
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Segundo frisou, não é seu hábito “forçar a calendarização de preocupações para esta data”. Sendo certa a presença do secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas e Comunicações, Paulo Campos, o autarca admite, sim,“trocar impressões” com o governante acerca de algumas obras em falta no concelho, como é o caso da reabilitação da EN 342.
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Relativamente à sessão solene, João Gouveia destaca a atribuição de prémios aos melhores alunos do Secundário, uma prática que, segundo disse, é muito anterior à iniciativa governamental de premiar o mérito e o esforço dos alunos que acabam o 12.º ano.
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A diversidade e a participação activa das colectividades concelhias no programa é outro aspecto que se destaca no programa das festas do S. Mateus, facto que, aliado à crescente participação empresarial, faz deste um momento “de afirmação do concelho”.
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Outras particularidades dizem respeito à ornamentação, que alinda as ruas da vila, dando-lhes o ar de festa, e a descentralização dos espectáculos, nomeadamente na praça junta à Câmara, para que os empresários com negócios na vila também beneficiem da festa.
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A rematar a sessão de apresentação, o empresário Carlos Mendes sublinhou que foi também feito algum investimento na contratação de segurança privada. Segundo João Gouveia, os seguranças serão um elemento dissuasor de comportamentos menos adequados ao espírito de festa pretendido.
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O autarca não deixou também de sublinhar a colaboração imprescindível do “bom tempo” para que o S. Mateus alcance o sucesso pretendido. .
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Exposição no Museu assinala 75 anos de instituição da Gesteira
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Fundação Maria Luísa Ruas alarga e qualifica serviços


Uma exposição documental alusiva aos 75 anos da Fundação Maria Luísa Ruas é inaugurada amanhã, pelas 19h30, no Museu Municipal de Soure. Esta instituição de solidariedade social, com sede na Gesteira, prepara-se para um salto qualitativo e uma nova era na sua história.
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“75 Anos Uma Vida”, assim se intitula a exposição que dá a conhecer uma obra social que na pequena freguesia da Gesteira cumpre a missão da benemérita que a fundou. Com altos e baixos, a Fundação Maria Luísa Ruas tem dado provas, à semelhança da sua patrona, de que existe para servir quem mais necessita e assim quer continuar.
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O ano 2008 ficará na história da instituição não só pelas “bodas de diamante”, mas também pelo facto de este ter sido o ano em que a Fundação viu contemplado o seu projecto, no âmbito do Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais – PARES.
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A necessidade de espaço é uma realidade no dia-a-dia da instituição. Acresce a isso o facto de pretender criar um lar de idosos, que será uma nova valência na área do apoio à terceira idade, assegurado, para já, através do centro de dia e do Serviço de Apoio ao Domicílio (SAD).
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A directora de serviços, Brigitte Gonçalves, recorda que há treze anos, quando chegou à Fundação, havia 10 colaboradores. Hoje, a realidade é outra. O número de colaboradores é cinco vezes maior e também o número de utentes é significativo; a creche e o jardim de infância apoiam 95 crianças e no âmbito do centro de dia e do SAD são apoiadas 80 pessoas da terceira idade.
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O alargamento do horário, mais consentâneo com os horários de trabalho das famílias, é um dos factores que na opinião da directora tem contribuído para melhorar as respostas sociais da instituição e para atrair utentes. O jardim de infância e a creche funcionam das 7h45 às 19h00, o centro de dia funciona das 9h00 às 18h00 e o Serviço de Apoio Domiciliário decorre entre as 8h30 e as 21h00.
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Obra pronta até 2011
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Ao ser contemplada pelo PARES, a Fundação garantiu apoio financeiro para passar o seu projecto da maqueta (que também estará patente na exposição) à realidade.
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Um novo edifício será construído em terreno vizinho de que a instituição é proprietária, perspectivando-se para 2011 a conclusão da obra, conforme dita o acordo celebrado com o Governo.
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Segundo Brigitte Gonçalves, este é um projecto de alargamento e qualificação de serviços. A nova valência será o Lar de Idosos, com capacidade para 40 camas.
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De acordo com a respectiva página da Internet, o trabalho social que a Fundação tem vindo a desenvolver ao longo dos últimos anos, “tem procurado fazer justiça à grande figura de referência que foi a fundadora, D. Maria Luísa Assalino Ruas cujos ideais têm sido mantidos vivos. Apesar das vicissitudes por que tem passado cresceu sempre, melhorando e inovando os seus serviços e a sua imagem, através do espírito comunitário que a caracteriza e de uma cultura de saber fazer e fazendo cada vez mais e melhor”.
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A Fundação é gerida por um Conselho de Administração presidido por José António Bernardes Tralhão. Maria Luísa Nunes Guardado e José Ribeiro Marques desempenham as funções de secretário e tesoureiro, respectivamente. Do Conselho Fiscal fazem parte Fernando Duarte Ribeiro (presidente), Maria de Lurdes Mendenha Coelho e Manuel Saúl Jordão (vogais).
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Maria Luísa Ruas .

Exemplo de amor ao próximo
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Maria Luísa Ruas foi em vida um exemplo de abnegação e amor aos mais necessitados. Natural da Gesteira, freguesia do concelho de Soure, fundou, na década de 30 do século passado, o Patronato Nossa Senhora da Conceição, hoje, Fundação Maria Luísa Ruas.
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Solteira, dedicou a sua vida às crianças desfavorecidas que foi acolhendo em sua casa, como se de filhos seus se tratassem. De acordo com o blogue vila-de-soure.com, na rubrica Personalidades Sourenses, a benemérita começou a obra social com seis crianças, vindas de vários locais, auxiliando-as na educação e assegurando-lhes alojamento e alimentação, protegendo-as, deste modo, do abandono e rudeza decorrentes da sua condição de pobreza.
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“O Patronato acolhia crianças carenciadas de todas as idades, com preferência as órfãs ou abandonadas. A todos devolveu dignidade. Nunca casou mas foi mãe/protectora de inúmeras crianças que viram nela uma referência e um exemplo a seguir. As crianças eram também integradas na sociedade da aldeia frequentando a escola primária e a catequese. Abdicou da sua condição social privilegiada, sabendo sempre ser humilde na sua condição humana.”
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Doou o seu património pessoal à obra social e era também ajudada pela comunidade. A sua dedicação era total. “Dormia no Patronato junto das crianças, comia à mesa com elas. Duma profunda religiosidade, abraçou esta obra como se de uma missão se tratasse”, pode ler-se na biografia dedicada a esta personalidade.
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Maria Luísa Assalino Ruas faleceu em 1967, na casa onde nasceu, na Gesteira, aos 78 anos. Após a morte da fundadora, e apesar de algum esforço por se manter, o Patronato, cuja data de fundação é dia 21 de Setembro de 1933, não conseguiu manter-se.
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O ano de 1974 marca o renascimento da obra, graças à nomeação para pároco da freguesia da Gesteira, do padre Luís Pinho, que incentivou um grupo de pessoas a reabrir o Patronato, aproveitando o facto de ele já existir juridicamente.
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Dão a conhecer à família Ruas, herdeira do património do Patronato, a sua intenção, a qual não coloca objecções ao plano, e, de porta em porta, realizam um abaixo-assinado junto da população, para ser entregue na Segurança Social de Coimbra, justificando a necessidade de reabertura.
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Em Abril de 1977 o Patronato reabre as portas com 12 crianças na valência de jardim-de-infância. Com os anos, a obra cresceu e criou valências para os mais velhos.
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Em 2006 surge, então, o projecto para a criação de novas instalações com o intuito de dar continuidade aos serviços que já presta, melhorando a sua qualidade, e criando um novo serviço de Lar de Idosos, com capacidade para 40 camas. .
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Programa para todas as idades
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UHF estão a celebrar os 30 anos
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A banda portuguesa UHF, a mais antiga no activo, leva a Soure, no sábado, o concerto de comemoração dos 30 anos.
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O primeiro espectáculo aconteceu na Aula Magna, em Lisboa, e a partir daí, a banda liderada e fundada pelo guitarrista e vocalista António Manuel Ribeiro, tem vindo a apresentar-se em diversas localidades do país.
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No arranque estavam previstos 20 espectáculos e o concerto inaugural foi gravado para edição futura de um CD.
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A banda teve momentos altos, nomeadamente quando receberam o disco de prata pelas vendas do single “Cavalos de corrida”. Os UHF honram-se de terem sido a banda que recebeu o primeiro disco de prata - 30.000 exemplares vendidos - do rock português.
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Aquando do início das comemorações, Manuel Ribeiro disse à comunicação social que “o segredo” dos “sobreviventes” UHF, reside “numa sinceridade idiossincrática com a sociedade portuguesa”.
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“Atravessamos gerações e falamos dos problemas geracionais”, observou na altura o elemento da banda que se tem mantido no “posto” de comando, e não só.
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Atravessar gerações foi também uma das preocupações que presidiram ao alinhamento dos espectáculos do S. Mateus, que na primeira noite promove uma festa animada por djs, claramente uma aposta nos mais jovens.
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Um artista “transversal”, como lhe chamou João Gouveia, na conferência de imprensa de apresentação do programa, é o popular Quim Barreiros, que actua na segunda-feira, véspera do encerramento das festas.
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Não sendo propriamente fã do estilo, conforme referiu, o autarca reconhece ao cantor nortenho o carisma de atrair gente de todas as idades, e até de diferentes condições sociais.
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O folclore, à semelhança dos outros anos, vai marcar presença. Este é um dos momentos do programa dedicados às colectividades do concelho, neste caso, aos ranchos.
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E não só de música vive o S.Mateus e a FATACIS – Feira de Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio e Industria. O desporto também marca presença. Na segunda-feira, pelas 10h00, realiza-se o 9.º Torneio de Remo Sem Limites, com a colaboração da APPACDM de Soure.
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In Campeão das Províncias
by Iolanda Chaves

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