Mau tempo fez estragos na região

. sábado, 30 de outubro de 2010
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FEBRES E SOURE ENTRE AS LOCALIDADES MAIS AFECTADAS

Rajadas de vento afectaram gravemente edifício e pavilhão gimnodesportivo da Escola Básica Carlos Oliveira, em Febres. Prejuízos ascendem a dezenas de milhares de euros

«Foi tudo muito rápido, não durou mais de três ou quatro minutos, mas foi o suficiente para provocar avultados estragos que obrigaram a fechar a escola e mandar as crianças para casa». José Soares, director do Agrupamento de Escolas Finisterra, de Febres, avaliava, assim, os prejuízos sofridos ontem a meio da manhã, quando um mini tornado invadiu a C+S Carlos Oliveira, o pavilhão gimnodesportivo e a estufa da escola, deixando um rasto de destruição assinalável que, no entanto, não provocou quaisquer danos pessoais.



As fortes rajadas de vento, que mais se assemelhavam a um (mini) tornado, levantaram praticamente todos os telhados da escola, partiram janelas, rebentaram vidros e estores, arrancaram árvores, fizeram voar caixotes do lixo e destruíram a estufa do estabelecimento de ensino.

«Só o barulho do vento assustava», contou ao Diário de Coimbra José Soares. Porém, este mesmo responsável garantiu que ninguém entrou em pânico. «Estávamos na altura do recreio, eram 11h30, as crianças revelaram alguma aflição, mas nunca entraram em pânico», explicou. Até porque as rajadas de vento partiram tão depressa quanto chegaram, ou seja, tudo aconteceu muito rápido, o que não invalidou prejuízos «de dezenas de milhares de euros». Prejuízos que se tornaram visíveis em praticamente toda a estrutura da escola e estufa e, particularmente, no pavilhão gimnodesportivo, cujo tecto ficou com um buraco de mais de três metros quadrados.



Reparações prontas

até terça-feira

A direcção do agrupamento escolar accionou os serviços de Protecção Civil Municipal e os Bombeiros Voluntários de Cantanhede, que estiveram no local, ao mesmo tempo que era dado o alerta à Direcção Regional de Educação do Centro (DREC), que também fez deslocar um técnico à escola para avaliar os estragos.

Estragos que, por motivos de segurança, levaram os técnicos da Protecção Civil e a direcção do agrupamento Finisterra a suspender as aulas e a mandar as crianças para casa depois do almoço, devendo o estabelecimento de ensino reabrir na próxima terça-feira, conforme prevê José Soares.

«Já estão a ser repostos os vidros, janelas, estores e telhado para assegurar minimamente as actividades escolares», explicou aquele responsável. Ainda de acordo com José Soares, a DREC irá responsabilizar-se pelos prejuízos e deverá accionar uma verba especial para a reparação dos telhados, os mais afectados.



Mini tornado causou estragos em cinco habitações de Casal do Barril

Um mini tornado levantou telhas e placas, partiu chaminés e portadas de janelas e causou segundos de pânico aos habitantes de Casal do Barril, no concelho de Soure. «Nunca se viu nada de assim», adiantou ao Diário de Coimbra Deolinda Serralheiro, moradora de uma das cinco habitações afectadas pelo fenómeno meteorológico, que passou pela localidade por volta das 11h00.

Deolinda estava no quarto quando se começou a aperceber que algo não estava bem. «Era um ruído muito intenso», contou, acrescentando que a curiosidade levou-a espreitar pela janela e a perceber que «estava tudo a rodar, havia uma massa negra e chovia muito». Depois, «as coisas subiam e desciam», até que Deolinda Serralheiro optou por fugir para a rua, com medo que a casa lhe caísse em cima.

Foi tudo uma questão de segundos. De um momento para o outro, as placas de zinco da marquise levantaram e voaram a uma velocidade estonteante, que as levou para o outro lado da estrada, onde acabaram por deitar abaixo a chaminé de uma habitação. «Por sorte, não atingiu ninguém», diziam os populares no local.

Sozinha em casa, a moradora apanhou um dos sustos maiores da sua vida e viu a sua casa ficar também sem as telhas que cobrem o seu quarto e a cozinha, com a água a invadir também a habitação, causando estragos totais ainda difíceis de calcular.

Carlos Abade, genro de Deolinda Serralheiro, estava no trabalho, quando lhe ligaram a dar conta do que tinha acontecido em Casal do Barril e, juntamente com os trabalhadores disponibilizados pela Junta de Freguesia e Câmara Municipal de Soure, tentava remediar os estragos mais avultados, para que a família pudesse permanecer naquela que foi a habitação mais afectada pelo mini tornado.

Logo ali ao lado, António Ferreira já estava a preparar o almoço quando se apercebeu que a chuva e o vento que se faziam sentir eram muito mais do que um simples momento de mau tempo. «Aquilo parecia que roncava», contou, enumerando os estragos que a habitação sofreu: duas chaminés partidas, telhas levantadas, chapas destruídas e um portão partido.

A vizinha Idalina Freitas ficou, igualmente, com o telhado, chaminés e portadas das janelas danificados, por um fenómeno que ninguém ter memória de alguma vez ter visto por aquelas bandas.

O alerta para os Bombeiros Voluntários de Soure foi dado por volta do meio-dia, adiantou ao Diário de Coimbra o comandante Carlos Tavares, confirmando a passagem de um mini tornado por Casal do Barril, causando danos num raio de 100 metros. De acordo com o comandante da corporação, tratou-se de caso único na região e que levou à intervenção da Junta de Freguesia e Câmara de Soure para minimizar os prejuízos, ao disponibilizar meios humanos e materiais. Apesar do aparato e dos estragos, as cinco casas atingidas estão perfeitamente habitáveis, confirmou Carlos Tavares.

No local, estiveram 10 homens e duas viaturas dos Bombeiros Voluntários de Soure.

In Diário de Coimbra

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